Sou professora de Arte Fiquei muito feliz em poder participar deste curso, embora não tenha experiência em trabalhar com redação propriamente dita. Mas para minha felicidade e com certeza - futuramente - dos nossos alunos, nos cadernos de Arte, atualmente, há um espaço para que o aluno registre as discussões das aulas. Aos poucos, fui percebendo que para meus alunos, escrever/fazer registro - não estava relacionado a uma reflexão do que se aprendeu/discutiu. É uma atividade que pertence só aos professores de Português. "O que estava pretendendo? Escrever não faz parte das aulas de Arte!"
Durante o trabalho,com muita insistência e produção de sínteses coletivas (como escriba) - para que todos copiem depois, venho refletindo sobre esse fenomeno - de não querer escrever. Percebi os aspectos levantados no texto em relação a alguns motivos que tornam a escrita tão difícil para nosso alunos: objetivos equivocados para a produção textual na escola; ausência de reflexões sobre as produções pessoais dos alunos - devido ao grande número de alunos por sala; professores - de todas as áreas do conhecimento - sem a consciência de que escrever é muito mais do que produzir redações, narrações e dissertações; preocupação com nota/ortografia e gramática; curriculo exigente, sem reconhecer e respeitar a comunidade cultural e social dos alunos (todos precisam ser amalgamados numa mesma estrutura de escrita?); professores mal reconhecidos, com baixa auto-estima, sem condições físicas e psicológicas de inovar/continuar aprendendo. Existem as exceções, educadores aflitos, buscando soluções...Enfim, muitos são os obstáculos que precisamos vencer nesta caminhada do ensino da redação.
Caminhos para uma "aula de redação" significativa? Recuperar a "ignorância" básica de nossos alunos e aos poucos iluminá-los como em uma "clareira", dando-lhes oportunidade de querer descobrir-se, de interagir com os outros neste mundo de significados, através da escrita.
terça-feira, 6 de outubro de 2009
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